Nos últimos anos, venho acompanhando de perto o avanço da Inteligência Artificial e, junto com ele, a crescente preocupação com o impacto ambiental dos servidores que alimentam essa tecnologia. A governança energética tem sido um tema quente nesse debate. Afinal, com o aumento da demanda por IA, a necessidade de eletricidade explodiu, e encontrar soluções sustentáveis virou uma corrida contra o tempo. As gigantes da tecnologia já sacaram isso e estão se movimentando para tornar suas operações mais limpas e eficientes.
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🔴 Como a governança energética está transformando o uso de energia renovável
Não tem jeito, energia limpa é o caminho. Google, Microsoft, Amazon e Meta já embarcaram nessa onda e estão investindo pesado em energia renovável para seus data centers. O Google quer operar com 100% de eletricidade livre de carbono até 2030. Ainda não chegou lá, mas está acelerando esse processo com parcerias em projetos solares e eólicos.
A Amazon já mandou avisar que, desde julho de 2024, está operando com 100% de energia renovável no mundo todo, sete anos antes do previsto. Isso só foi possível porque investiram em mais de 100 parques solares e eólicos, somando mais de 20 gigawatts de capacidade instalada.
A Microsoft também não ficou para trás. Tem programas de compensação de carbono e quer ser carbono negativa até 2030, removendo mais CO₂ da atmosfera do que emite.
A Meta afirma que opera com energia renovável desde 2020, mas há uma certa polêmica em torno disso. A empresa usa certificados de energia renovável (RECs), que nem sempre garantem que toda a eletricidade consumida vem de fontes limpas.
🔴 Energia nuclear e a nova rota da governança energética
Além das fontes renováveis, algumas dessas empresas estão apostando na energia nuclear para garantir um fornecimento contínuo e sem carbono para seus data centers. A Microsoft, por exemplo, fechou um contrato de 837 megawatts com uma usina nuclear.
O Google está testando reatores nucleares modulares (SMRs), que são menores, mais seguros e podem gerar eletricidade de forma estável. Isso pode ser um divisor de águas para garantir energia sem impacto ambiental negativo.
A Amazon também está explorando essa ideia e cogita construir suas próprias miniusinas nucleares para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e manter o fornecimento de energia estável.
🔴 Chips mais eficientes: menos gasto, mais desempenho
O tipo de chip que os servidores usam faz toda a diferença no consumo de energia. O Google desenvolveu seus próprios TPUs (Tensor Processing Units), que gastam menos eletricidade do que as tradicionais GPUs.
A NVIDIA lançou uma nova linha de chips, a Hopper, que entrega até quatro vezes mais desempenho por watt consumido. Isso significa que dá para rodar modelos de IA com mais eficiência, gastando menos energia.
A Meta também está desenvolvendo chips próprios para otimizar a performance e reduzir o impacto ambiental dos servidores que sustentam suas operações.
🔴 E a refrigeração dos servidores?
Se tem uma coisa que gasta muita energia nos data centers, é o resfriamento. A Microsoft testou data centers submersos, colocando servidores dentro de cápsulas no fundo do mar. A água fria ajuda a manter tudo na temperatura ideal sem gastar energia com ar-condicionado.
O Google criou um sistema com inteligência artificial que ajusta automaticamente a temperatura dos servidores de acordo com a necessidade. Esse esquema reduziu o gasto de energia com refrigeração em 40%.
O Facebook (Meta) resolveu levar seus data centers para regiões frias, como Luleå, na Suécia. Lá, o próprio clima faz o trabalho de resfriamento, sem precisar de tanto ar-condicionado.
🔴 IA ajudando a economizar energia
A própria inteligência artificial está sendo usada para otimizar o consumo de energia nos data centers. O Google, por exemplo, usa uma IA da DeepMind que já reduziu o gasto total de eletricidade em cerca de 15%.
A Amazon Web Services (AWS) criou um sistema chamado AWS Clean Energy Matching, que monitora o uso de energia em tempo real e ajuda as empresas a garantirem que estão consumindo eletricidade de fontes renováveis.
A governança energética virou uma prioridade para as gigantes da tecnologia. Quanto mais a IA cresce, mais energia é necessária, então encontrar maneiras de otimizar esse consumo virou uma prioridade global.
🔴 E aí, vai dar tempo de salvar o planeta?
Apesar dos avanços, ainda tem muito chão pela frente. A IA está crescendo num ritmo acelerado, e isso significa que a demanda por eletricidade não vai diminuir tão cedo. O problema é que muitos data centers ainda operam em países que dependem de combustíveis fósseis, como a China.
Por outro lado, as empresas estão apostando em novas tecnologias como computação quântica e arquiteturas de chips mais eficientes, que podem reduzir bastante o consumo de energia no futuro. Se essas soluções realmente deslancharem, a IA pode não só minimizar seu impacto ambiental, mas até se tornar uma aliada na luta contra as mudanças climáticas.
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🔴 Referências
AMAZON. Amazon cumpre meta de 100% de energia renovável sete anos antes. About Amazon, 2024. Disponível em: https://www.aboutamazon.com.br/noticias/sustentabilidade/amazon-cumpre-meta-de-100-de-energia-renovavel-sete-anos-antes. Acesso em: 5 fev. 2025.
GOOGLE. Our 24/7 Carbon-Free Energy Commitment. Google Sustainability, 2024. Disponível em: https://sustainability.google/progress/energy/. Acesso em: 5 fev. 2025.
MICROSOFT. Sustainability Commitments. Microsoft Official Website, 2024. Disponível em: https://www.microsoft.com/en-us/sustainability/. Acesso em: 5 fev. 2025.
THE GUARDIAN. Data centers and their real carbon footprint. The Guardian, 2024. Disponível em: https://www.theguardian.com/technology/2024/sep/15/data-center-gas-emissions-tech. Acesso em: 5 fev. 2025.